Não sei exatamente o que me fez recorrer a um blog. Lembro-me que da ultima vez que tive um problema mais ou menos como esse encontrei pessoas que me aceitaram, não que este seja meu objetivo principal: encontrar pessoas. Sequer tenho certeza de que alguém um dia lerá este blog e de fato não vou divulgá-lo em nenhum lugar, mas a ideia de poder falar sobre tudo sem exceções tem começado a me agradar.
Tudo começa com uma garota com problemas de relacionamento social, clichê, eu admito, mas não é como se eu tivesse propositalmente feito as coisas andarem nesta direção. De qualquer forma, garota antissocial ainda sim extrovertida, a vida andava relativamente bem até que, obviamente, as coisas mudaram.
A mudança da minha vida não é o assunto no qual eu queria me aprofundar neste primeiro post. Na verdade o primeiro é mais um desabafo de uma menina que já não aguenta mais.
De alguns meses para cá o sentimento nada confortável de existir por existir sem um propósito, sem pertencer a nenhum lugar havia tomado conta de mim. Minha mente se tornou instável e confusa, pensamentos desordenados, um vazio interior.
Como se não fosse o suficiente alguém que eu pessoalmente gostava demais, uma das pessoas pelas quais eu mais fazia sacrifícios, aquela pessoa por quem você se esforça só para vê-la feliz sabe, então, essa pessoa disse que não me aguentava mais, que não me queria mais por perto.
E ai está o ponto de leva uma garota relativamente fodida a se tornar uma auto mutiladora, não a tristeza, não, não estou feliz também. É apenas um vazio, talvez ele não possa ser preenchido pelos cortes em meu corpo, mas ajuda sabe, alivia, de certa forma me faz bem, me faz sentir real.
Eu nem sei se este post fez sentido, mas por hoje era tudo o que eu queria desabafar. E no final das contas eu só chego a conclusão de que eu deveria ter comprado um maço novo de cigarros antes de voltar para casa esta tarde.
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